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Quando pensei fotografar os skaters de Angra do Heroísmo comecei por considerar o seu retrato formal, o retrato do skater com o seu skate. Para mim um skater é um indivíduo que desafiava os seus limites na procura de formas mais evoluídas de desempenho, tal como outro atleta num outro qualquer desporto. Porém, ao contrário de um futebolista no campo de futebol ou de um ginasta no trampolim, o skater usa o skate para se exprimir, evoluir e ganhar consistência na transposição dos obstáculos urbanos. Este preconceito levou a que me questionasse se não seria possível encontrar no próprio skate a essência do skater?
A aquisição da tábua é uma primeira escolha individual que reflecte as suas opções e gostos. A esta aquisição segue-se a personalização do skate, com a escolha dos trucks, rodas, rolamentos e outros elementos, quer técnicos quer de decoração. Por fim, com o seu uso, acumula-se um registo de marcas que reflectem a intensidade e o apuro técnico do skater.
Parece simples afirmar não existir skater sem skate, nem vice-versa, mas não é assim tão simples, ambos coexistem modelando-se, evoluindo…

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