Da série Ideário

A realidade envolve-me de forma constante, e se a vejo é porque lá está... mas será que foi isto que eu vi? ou será isto que eu quis ver?
A diferença entre o ver e o construir, tal como na natureza , envolve um processo de crescimento, de envolvimento entre o que nós somos e o que nos rodeia. Exige um processo de cognição de ajustamento perante o que somos e o que queremos transmitir... assim esta imagem pode não ser mais que uma nuvem sobre o mar.


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Quando pensei fotografar os skaters de Angra do Heroísmo comecei por considerar o seu retrato formal, o retrato do skater com o seu skate. Para mim um skater é um indivíduo que desafiava os seus limites na procura de formas mais evoluídas de desempenho, tal como outro atleta num outro qualquer desporto. Porém, ao contrário de um futebolista no campo de futebol ou de um ginasta no trampolim, o skater usa o skate para se exprimir, evoluir e ganhar consistência na transposição dos obstáculos urbanos. Este preconceito levou a que me questionasse se não seria possível encontrar no próprio skate a essência do skater?
A aquisição da tábua é uma primeira escolha individual que reflecte as suas opções e gostos. A esta aquisição segue-se a personalização do skate, com a escolha dos trucks, rodas, rolamentos e outros elementos, quer técnicos quer de decoração. Por fim, com o seu uso, acumula-se um registo de marcas que reflectem a intensidade e o apuro técnico do skater.
Parece simples afirmar não existir skater sem skate, nem vice-versa, mas não é assim tão simples, ambos coexistem modelando-se, evoluindo…


Ver é diferente de olhar. Ver é muito mais que olhar. Ver passa pela apropriação das formas, cores, texturas, sons, sabores, passa pela capacidade de se imaginar a presença dos objectos. Talvez por isso não ver é mais fácil, satura menos os sentidos. Fotografar é recolher num espaço estreito e fechado um fragmento temporal que pode estar repleto de sentido, mesmo que pareça simples. Fotografar é recolher um apontamento ao fluxo do tempo. Fotografar passa por estar presente num dado momento e espaço e sentir esse sentido, tomar essa decisão.  Fotografar é um acto mágico pois embora não recolha as propriedades do objecto registado pode transmitir mais do que as suas propriedades.


Venho convidar-vos para:
Dia 16 de Novembro na LX Factory, na Teambox
Dia 17 de Novembro 11:30 no CoWork Lab em Oeiras

Apresentação da OfFo - Oficina de Fotografia:

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